Me perdi nas ladeiras em volta do Castelo de São Jorge. Achei vários mirantes que não tinha visto antes. Peguei um eléctrico que eu não sabia para onde ia. No caminho a guarda-freio (motornista) parou duas vezes. Uma para empurrar um carro que estava no trilho e outra para expulsar uns meninos que andavam do lado de fora. Não adiantou. Eles se esconderam e continuaram lá. Fui até o ponto final. Então decidi perguntar onde eu estava e como voltava. Na volta enxerguei um lugar que alugava bicicletas. Desci e peguei uma pelo resto da tarde. Pedalei pelas margens do Tejo até depois da Torre de Belém. Voltei, passando pelo Mosteiro dos Jerónimos e parei na Casa dos Pastéis de Belém. Comi um Guardanapo, dois Pastéis de Belém, um pastél de bacalhau e uma cerveja. A conta ficou absurdamente pequena. Inversamente proporcional à minha felicidade.
No resto da volta decidi me aventurar um pouco pelas ruas com a bicicleta, junto aos carros e aos eléctricos, em vez de seguir pela ciclovia. O trânsito estava intenso, mas no geral os motoristas eram pacientes. Os guarda-freios têm que esperar obrigatóriamente, já que não podem fugir dos trilhos – estes sim – o maior perigo. Parece sempre que as rodas vão enroscar e você vai cair. Devolvi a bicicleta e fui jantar bacalhau na Bica do Sapato, acompanhado de vinho do Alentejo. Terminei este dia com o sabor de que Lisboa é um dos lugares mais gostosos em que já estive.
Informação: Aluguei a bicicleta no http://www.bikeiberia.com/.